2009/04/15

Aos Xutos & Pontapés e Sem Eira Nem Beira

Que dizer sobre isto?

Que a música de intervenção está de volta? Que estão a escrever a banda sonora do descontentamento popular? Que estão para o "Senhor Engenheiro" como Abrunhosa esteve para Cavaco nos há 15 anos atrás?

O que sei é que todos os dias o lamaçal aumenta, que a Quimonda está quase fechada, que o desemprego aumenta, aumentam as falências, aumenta a emigração, aumenta a criminalidade violenta, pioram as previsões económicas para os próximos tempos e percebo que não batemos, ainda, no fundo...

E que nada muda, que o Primeiro Ministro num dia inaugura a maior farmácia do país (e vai vender medicamentos a crédito aos desempregados?) e continua a fazer propaganda ao Magalhães, parecendo mais um publicitário que um governante.

Estou cada vez mais preocupado com a situação. Quando vim para Angola, o meu projecto passava por estar cá 2, no máximo 3 anos, até que a situação no país melhorasse. Neste momento, parece-me é que saí do comboio na estação antes dele descarrilar...

Entretanto, fica parte da letra dos Xutos: "Senhor Engenheiro, dê-me um pouco de atenção... Não tenho eira nem beira, mas ainda consigo ver quem anda na roubalheira e quem me anda a f***r!"

2 comentários:

Godinho disse...

Olha nuno, isto está pior do que pensas. Este governo é tão incompetente, que vou esta 6.ª Feira para o Algarve e está a chover!!! Nem o turismo sabem proteger estes seguidores de Sócrates...

Nuno Leal disse...

E está mesmo, Fernando, até o nosso FC Porto é eliminado! Fora de brincadeiras, e como homem ligado às finanças, a coisa é mesmo complicada, vê os números do nosso crescimento - o estimado de -3,5% e o real que deverá ser pelo menos o dobro, pois se até a Irlanda anuncia já um de -8% e se nós há 3 meses atrás anunciavamos -0,9%... Nunca estive tão pessimista como hoje sobre o futuro do nosso país e acho que vamos andar muitos anos a recuperar dos desvarios do Santana e do Sócrates, cada vez estou mais certo disso. Estamos sem Governo e desgovernados, os políticos do poder (não do Governo, note-se) trabalham apenas para o marketing e parecem directores comerciais... Já Júlio César se queixava dos lusitanos que não se governavam nem se deixavam governar...