São coisas que acontecem a todos, mas não deviam acontecer.
A noticia que informa da queda parcial de um tecto falso no hospital de Faro, motivado ao que parece pela queda da grelha de ventilação, tem a ver com uma das situações mais complicadas de gerir em obra, que é a questão das sub-empreitadas de especialidades.
É normal as grandes empresas contratarem empresas para a execução de determinadas tarefas numa obra de grandes dimensões, mas a gestão disso é muitas vezes complicada, pois nem os sub-empreiteiros se preocupam com os outros intervenientes em obra, nem têm por norma cuidado na execução e é necessário estar sempre de olho neles para garantir que as coisas ficam de acordo com o solicitado.
Para além disso, da minha experiência, acho que concorrem ainda mais duas situações para que aconteçam estas coisas.
Uma é que com o esmagar de preços para vencer concursos e obras, os sub-empreiteiros acabam por contratar bastas vezes pessoal sem as qualificações necessárias e adequadas para o serviço, pelo que estas situações ocorrem por vezes devido a má montagem de peças em virtude da pouca ou nenhuma experiência do instalador.
E a outra é que com as pressas em terminar as obras, nomeadamente as públicas que são também políticas por coincidirem com calendários eleitorais e promessas feitas às populações, entra-se nas correrias que inevitavelmente trazem estas questões (com a pressa alguém se esquece de apertar um parafuso, de colocar um pingo de solda, de aplicar um pouco de silicone, etc... A pressa é inimiga da perfeição, diz um ditado chinês. E na construção, mais ainda isso se nota.
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