Tem sido um ano longo e com muito para contar. Infelizmente, pouco de positivo.
Marcado pela austeridade, pelo colapso financeiro do país pelos anos do desgoverno Sócrates, pela chegado do bicho-papão do FMI, pelas eleições.
Foi assim que fui vendo o ano no blogue.
Janeiro
Ainda por Inglaterra, fui vendo oportunidades de negócio em Inglaterra para os empresários portugueses, previa já na altura a chegada do FMI após as eleições presidenciais que elegeram para o segundo mandato Cavaco Silva à primeira volta e foi ainda marcado pela (não) apresentação do programa da CEC2012 (acontecimento que teve dois pontos altos: não apresentou o programa que ainda não havia e só haveria de ser apresentado em Dezembro e pelo falhanço da organização que não convidou deputados municipais, deputados e outros agentes vimaranense).
Fevereiro
Anunciavam-se progressos na Revolução dos Jasmins que tem varrido os países árabes do norte de África - Tunísia, Egipto, Libia, Yémen e agora até no médio oriente, a Síria, está debaixo do mesmo tipo de pressão revolucionária. Mas também se falou dos 50 anos do inicio da guerra colonial por ocasião do 4 de Fevereiro e que nestes curtos meses de publicação é já a 4ª noticia mais lida dos mais de 8 anos deste blog, com mais de 1500 visualizações. E falou-se de arquitectura, quer porque o edifício da Vodafone no Porto foi então nomeado (e depois eleito) o edifício do ano por um dos mais conceituados sites de arquitectura da internet (naquilo que se veio a prenunciar como um ano fantástico para a arquitectura portuguesa), quer pelo recorrente tema deste blog que é o ensino da arquitectura em Portugal.
Março
Em Março já se pensava na época desportiva seguinte no FC Porto porque internamente havia uma tal superioridade que só as competições europeias se mostravam desafiantes, deixando assim espaço para pensar bem cedo no year after - tão perto e tão longe estavam esses tempos... - e na compra do Porto Canal pelo FC Porto. Apesar de aflorada a situação política em Fevereiro, foi em Março que as coisas começaram a agudizar-se com o excelente discurso de Cavaco Silva na tomada de posse em pleno Parlamento, pela manifestação da geração (que pôs Sócrates) à rasca, pela reprovação do PEC4 e pelo re-start de Portugal com a saída e caída de Sócrates - o ar ficou muito mais límpido com o fim do pantano. Marcou ainda o terrível terramoto seguido de maremoto do Japão, bem como a arquitectura novamente com a atribuição do Pritzker a Souto Moura. Para além disso, em Guimarães ia-se acentuando a contestação à CEC, ou mais propriamente à FCG e à sua presidente, Cristina Azevedo, bem como ao autismo a que esta se votava em relação às criticas e aos vimaranenses. No futebol, antevia-se o complicado mês de Abril para o FC Porto que, se fosse ultrapassado com o mesmo sucesso que os meses anteriores, poderia elevar o clube a patamares históricos sendo que o credor dessa diferença era, claramente, André Villas Boas.
Abril
Começou marcado pela escuridão: no estádio da luz, esta faltou no momento do FC Porto celebrar o seu 25º título nacional em plena casa do principal adversário - que excelente começo do mês mais complicado desportivamente de toda a época. Marcado também pelo muito atrasado pedido de ajuda ao FMI e União Europeia que já se falava há meses que deveria ter acontecido, num processo acontecido às 3 pancadas e ainda não devidamente esclarecido: a ideia que passou é que o Ministro das Finanças o fez quase à revelia do chefe de Governo, através de uma entrevista por email para um jornal e precipitando assim as coisas a um Sócrates que tentava empurrar para as calendas (e para o futuro novo Governo) esse momento... E no final do mês oportunidade para uma "escapadinha" a Roma conhecer a capital do império romano, momento há tanto desejado por mim.
Maio
Morreu Bin Laden, finalmente. E no que toca ao futebol, o mês ficou marcado pelo apuramento de dois clubes portugueses para a final da Liga Europa, em Dublin: o meu FC Porto (que orgulho!) e o Braga, numa inédita final europeia entre dois clubes do nosso país - e final essa a que tive o imenso prazer de assistir ao vivo, junto do meu pai, cumprindo-se assim um momento único e tão desejado de ambos. Diria que este foi, para mim, o melhor momento do ano, para recordar para todo o sempre! E ainda houve tempo para comemorar a 3ª Taça de Portugal consecutiva, aqui em casa e junto de mais 15 familiares portistas! Falou-se também de arquitectura, como é inevitável, nomeadamente sobre os temas da sustentabilidade e dando exemplos, positivos e negativos, disso mesmo. E por fim, já a cheirar a Legislativas, falei da campanha eleitoral e das sondagens.
Junho
Começou o mês marcado pela libertação, pelo escorraçar de Sócrates do poder. E pelo rápido processo que levou à formação do novo Governo de coligação, ao seu programa para Mudar Portugal. E terminou o mês marcado pelo retorno ao trabalho de pré-época do FC Porto, após a saída traiçoeira de André Villas Boas para o Chelsea e a nomeação de Vítor Pereira para o substituir...
E passaremos ainda em retrospectiva os restantes 6 meses do ano de 2011.
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